domingo, 17 de maio de 2009

Leon Battista Alberti

Leon Battista Alberti nasceu em 1404 e faleceu em 1472. Salienta que é inútil procurar descobrir as causas supremas das coisas, porque isso não foi concedido aos homens, que somente pode conhecer aquilo que está sob os seus olhos, ou seja, o ser humano somente pode conhecer o que é captado pelos sentidos. O ser humano não nasceu para viver na contemplação, no ócio, mas para agir e fazer obras no mundo que estamos inseridos.

Poggio Bracciolini

Poggio Bracciolini nasceu em 1380 e faleceu em 1459. A verdadeira nobreza é aquela que cada ser humano conquista na ação perante as outras pessoas. Cada pessoa deve faze a sua própria vida agindo na honestidade. O ser humano somente se torna nobre agindo na honestidade e no bem. Não devemos contentar com a glória alheia, mas cada pessoa deve ter um comportamento baseado na sua própria nobreza.

Leonardo Brunim

Leonardo Brunim nasceu em 1370 e faleceu em 1444. O período da dimensão contemplativa foi exagerado levando o ser humano afastar totalmente da realidade. O eixo do seu pensamento é que o ser humano se realiza plena e verdadeiramente na dimensão social. O bem não é abstrato e transcendente ao ser humano, mas o bem é no ser humano enquanto vive na dimensão real, na realização concreta de sua virtude. O verdadeiro parâmetro da bondade é o homem bom e quem não é bom não é sábio. O ser humano que não é bom pode captar os conhecimentos da matemática e conhecimentos físicos, mas está completamente em relação a verdadeira virtude que é vivenciar uma vida voltada para o bem social. Se quisermos a felicidade devemos ser uma pessoa boa.

Coluccio Salutat

Coluccio Salutat nasceu em 1331 e faleceu em 1406. Sustentou o primado da vida ativa sobre a contemplação. O fugir da multidão, evitar a visão das coisas belas, encerrando-se em um claustro ou segregando-se em um ermo buscando a perfeição espiritual não é correto. O ser humano não necessita fugir do mundo. Cada ser humano possui a faculdade de acolher as coisas externas ou evitá-las conforme a sua própria consciência. Basta a sua consciência não querer as coisas do mundo que automaticamente a pessoa não se envolverá com as coisas do mundo. De nada adianta buscar a solidão afastando das coisas do mundo se a mente da pessoa está apegada as coisas do mundo. O importante é a pessoa ser bondosa, vivenciar a ação no mundo servindo a si mesmo, à família, aos parentes, aos amigos, a sociedade humana e a pátria. Servir ao outro na prática dando exemplo nas obras.

Francisco Petrarca

Francisco Petrarca (1304 – 1374) salienta que ao invés de nos desperdiçarmos no conhecimento puramente exterior da natureza, é preciso nos voltar para nós mesmos, objetivando o conhecimento de nossa própria alma. No lugar de perdermos nos vazios exercícios dialéticos, nós precisamos redescobrir a nossa essência. A verdadeira sabedoria está em conhecer-se a si mesmo. Para que serve conhecer a natureza das feras, dos pássaros, dos peixes e das serpentes, mas ignorar ou não procurar conhecer a natureza do ser humano, por que nós nascemos; de onde viemos; para onde vamos. Os homens admiram os altos montes, as grandes ondas do mar, os largos leitos dos rios, a imensidade do oceano e o curso das estrelas, mas esquece-se de si mesmo. Nada é digno de admiração além da alma, para a qual nada é grande demais.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Eckhart

Eckhart (1260 – 1328). O seu pensamento está centrado na idéia de unidade entre Deus e o homem, entre o sobrenatural e o natural. Sem Deus, o homem e o mundo natural não teriam nenhum sentido. Deus está em tudo que existe. As coisas existem porque possuem a essência divina e sem essa essência as coisas não existiriam. Deus não é o ser, mas está acima do ser. Tudo que existe, existe por obra do Ser divino, assim, as coisas e o próprio homem devem voltar para Deus. O homem deve voltar para Deus e somente retornando a Deus é que o homem se encontrará a si mesmo. O ser humano capta Deus através da alma. O ser humano para captar Deus deve se transformar em um ser livre. Livre é aquele que não se preocupa com nada e a nada se liga, não se vincula de modo algum ao seu interesse e não pensa em si mesmo nem em nada, já que se aprofunda na vontade de Deus, renunciando a própria vontade. O ser humano deve ser livre de todo desejo. O ser humano que possui Deus o tem em todos os lugares, nas ruas e entre as pessoas, da mesma forma que na Igreja, na solidão ou na cela. Se o ser humano possui Deus o possui para sempre e nada no mundo perturba tal pessoa. Assim como nada pode perturbar Deus, também nada pode perturbar o ser humano que leva Deus em todas as suas obras e em todo o lugar. O mais importante é abandonar-se a Deus.

Jean Huss

Jean Huss (1369 – 1415). Defensor da idéia de que cada ser humano está subordinado diretamente a vontade de Deus e não de uma Igreja material e hierarquizada. Crítico do luxo da Igreja e das injustiças sociais. Salientou que a verdadeira Igreja santa e católica era o corpo místico dos crentes unidos a Cristo e não a instituições visíveis, hierarquizada e corrupta.

Joh Wyclif

John Wyclif (1320 – 1384) A vontade de Deus atua de modo tão direto sobre as ações dos homens a ponto de concretizar a sua submissão absoluta e total em relação à iniciativa divina. Cada homem é súdito de Deus. Não há intermediários entre Deus e cada homem.

Existem duas igrejas: a igreja visível e a igreja invisível. A igreja visível é rica, hierarquizada, dedicada ao culto exterior, guerreira e contrapõe a Igreja invisível. A Igreja invisível é mística, formada pelos escolhidos por Deus para a salvação, sendo a pobreza é o seu símbolo. Fundamentada na interioridade do ato de fé.

A Igreja invisível nega a autoridade do Papa e do clero; nega a presença real de Cristo na eucaristia; nega a eficácia dos sacramentos e rejeita os ritos.

Marcílio de Pádua

Marcílio de Pádua (1275 – 1313) sustenta que o poder deriva do povo. O Estado é uma comunidade perfeita, natural, auto-suficiente, que se ergue com base na razão e nas experiências dos homens, lhe servido para viver e viver bem. O Estado é uma construção humana, que responde a finalidades humanas, não havendo vínculos de natureza teológica. A fé e a razão são distintas, como o são a Igreja e o Estado. A lei constitui o critério do justo e do útil no plano puramente humano e social. A lei é um mandamento coativo que está ligado a uma punição ou uma recompensa a ser atribuída no mundo. A lei não tem um fundamento divino, nem um suporte ético, nem se baseia no direito natural. A causa efetiva primeira da lei é o povo, ou seja, a coletividade dos cidadãos ou a sua parte mais importante. A lei é a vontade expressa do povo em palavras na reunião geral dos cidadãos que os atos civis humanos, sob ameaça de pena ou suplício terreno. É a lei que é soberana, não o indivíduo ou o governo, que o povo controla por meio da lei. Onde as leis não são soberanas, não há verdadeiro Estado. Soberania popular e Estado de direito são os dois pilares da teoria política de Marcílio.