quarta-feira, 8 de abril de 2009

Guilherme de Ockham

Guilherme de Ockham nasceu no ano de 1280 e morreu em 1349. Salienta que a onipotência de Deus é ilimitada e o mundo é obra da liberdade criadora de Deus. Não há nenhuma vinculação entre Deus onipotente e a multiplicidade dos indivíduos finitos além do laço que brota de um puro ato de vontade criadora da parte de Deus e, portanto, não tematizável por nós, mas conhecido apenas pela sabedoria infinita de Deus. Temos um universo fragmentado em inúmeros indivíduos isolados totalmente subordinados a vontade de Deus. Deus é a causa de tudo que existe e é também a causa conservante da existência. Nada existe sem a vontade de Deus.

É através do conhecimento intuitivo (revelado por Deus) que se dá o primeiro reconhecimento de uma verdade, sendo o conhecimento fundamental, sem o qual os outros tipos de conhecimento não seriam possíveis. Nada pode ser conhecido em si pela via natural se não for conhecido intuitivamente.

A razão humana é restrita para conhecer Deus. A verdadeira função do teólogo é demonstrar a insuficiência da razão diante as verdades reveladas por Deus através da intuição.

Não precisamos ter além do necessário e devemos abandonar toda extravagância, todo peso extra, tudo o que é supérfluo. É inútil ter muitas coisas se necessitamos de poucas coisas para viver. A Igreja e seus seguidores devem despojar-se de todos os bens materiais e viver na pobreza. Propõe o abandono de tudo o que é supérfluo.

Qualquer tirania é contrária a liberdade que Deus concedeu ao ser humano. Pertence a natureza humana a capacidade de escolha exercida por meio da liberdade que é um presente de Deus e da natureza ao ser humano.