quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Isaac Newton

Isaac Newton (1642 – 1727). O sistema do mundo é uma grande máquina e as leis de funcionamento das várias partes dessa máquina podem ser detectadas indutivamente através da observação e do experimento. Esse sistema extremamente maravilhoso só pode ter-se originado do projeto e da potência de um Ser inteligente e poderoso. Esse Ser governa todas as coisas, como senhor de tudo. E, com base em seu domínio, costuma ser chamado Senhor Deus ou regente universal. O sumo Deus é um ser eterno, infinito, absolutamente perfeito, vivo, inteligente e poderoso. Salienta Newton, que assim como o cego não tem nenhuma idéia das cores, nós também não temos nenhuma idéia do modo como Deus percebe e compreende todas as coisas. Ele é completamente privado de corpo e de figura corpórea, razão pela qual não pode ser observado, nem ouvido, nem tocado; nem deve ele ser adorado sob a representação de algo corporal. Escreveu inúmeras observações sobre a Sagrada Escritura, sobre as profecias de Daniel e sobre o Apocalipse de São João. Pesquisou sobre a gravidade e diz que a causa da gravidade é uma questão cuja resposta extrapola o âmbito da observação e do experimento, escapando do campo da ciência experimental. Formulou a teoria da natureza corpuscular da luz, segundo a qual os fenômenos luminosos encontravam sua explicação na emissão de partículas de diferentes grandezas: as partículas menores davam origem ao violeta e as maiores ao vermelho. A teoria corpuscular da luz entrava em competição com a teoria ondulatória proposta por Chrstian Huygens. Salienta que a partir dos sentidos, isto é, das observações e dos experimentos, podem-se estabelecer algumas das propriedades fundamentais dos corpos. As qualidades dos corpos são estabelecidas precisamente pelos sentidos, isto é, sendo o único procedimento válido para alcançar e fundamentar as proposições da ciência. As proposições inferidas por indução geral dos fenômenos devem ser consideradas como estritamente verdadeiras ou como muito próximas da verdade. Tudo que não é deduzido dos fenômenos deve ser chamado de hipótese e as hipóteses, tanto metafísicas como físicas, tanto de qualidades ocultas como mecânicas, não têm nenhum lugar na filosofia experimental. Em tal filosofia, as proposições particulares são deduzidas dos fenômenos e, posteriormente, tornadas gerais por indução. Salienta que a ciência não tem a função de descobrir substâncias, essências ou causas essenciais. A ciência não busca substâncias, mas funções; não busca a essência da gravidade, mas contenta-se em saber que ela existe de fato e explica os movimentos dos corpos celestes e do nosso mar. A ciência não se ocupa com a causa primeira porque ela não é mecânica. Das coisas naturais, nós só conhecemos aquilo que podemos constatar com os nossos sentidos: figuras e cores, superfícies, cheiros, sabores etc. Entretanto, nenhum de nós conhece o que seja a substância ou essência de uma coisa.

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