sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Emanuel Kant

Emanuel Kant (1724 – 18040).O ser humano não possui consciência de si mesmo, não conhece o seu substrato, o eu o escapa. O ser humano apenas possui consciência do sensível, do intelectivo e do racional.

Existe diferença entre conhecimento sensível, intelectivo e racional. O conhecimento sensível representa as coisas como elas aparecem para o sujeito e não como são em si. O conhecimento sensível ocorre no tempo e no espaço. O tempo e o espaço são formas de sensibilidade, modos como o sujeito capta sensivelmente as coisas. Através da sensibilidade os objetos nos são dados.

O conhecimento intelectivo é a faculdade de representar os aspectos das coisas que, por sua própria natureza, não podem ser captados com os sentidos, são os conceitos que não derivam dos sentidos. O intelecto tem como objeto o finito e o condicionado. O intelecto é limitado ao horizonte da experiência, ao finito. O intelecto tem como objetivo o finito e o condicionado. Através do intelecto os objetos são pensados (julgados). O intelecto é a faculdade de julgar (pensar). O intelecto limita-se ao horizonte da experiência e tão logo se aventura fora dos horizontes da experiência possível, o intelecto humano cai fatalmente em erro.

A razão vai além do horizonte do conhecimento sensível e intelectivo. O ir além do sensível e do intelectivo não é uma curiosidade vazia, nem algo ilícito, mas algo estrutural e irrefreável. O ir além da razão constitui uma necessidade estrutural, correspondendo a uma exigência que faz parte da própria natureza do ser humano enquanto humano. A razão é uma faculdade incondicionada que impele o ser humano para além do finito, buscando os fundamentos supremos e últimos. A razão é a faculdade da metafísica que está destinada a permanecer como pura exigência do absoluto, sendo, no entanto, incapaz de atingir cognoscitivamente esse absoluto. A razão tem por objeto o infinito, o incondicionado o além da finitude. A razão é direcionada para o infinito. A razão pura não é misturada a nada de empírico e opera sozinha e, por conseguinte, a priori. A razão busca unicamente os princípios supremos e incondicionados.

Os princípios supremos são as idéias e as idéias são paradigmas, emanações da razão suprema (Deus). As idéias são paradigmas absolutos. As idéias expressam o objeto supremo da transcendência metafísica. A razão busca as idéias supremas: idéia psicológica (alma), idéia cosmológica e idéia teológica (Deus). As idéias tornam-se os supremos conceitos da razão, no sentido de supremas formas ou exigências estruturais da razão. São transcendentes e ultrapassam os limites de toda experiência, não podendo se apresentar como objeto que seja adequado à idéia transcendental. As idéias da alma, do mundo e de Deus não são ilusões, somente por equívoco elas se tornam dialéticas, ou seja, quando são mal entendidas. As idéias não ampliam o nosso conhecimento dos fenômenos, mas apenas unifica o conhecimento estimulando a razão buscar o infinito.

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