sábado, 21 de março de 2009

Tómas de Aquino

Tomás Aquino (1221 – 1274). Deus é ato puro, criador, fonte de todos os seres, nada escapa à sua ação. Deus é o ordenador do mundo, o mundo possui ordem e finalidade criadas por Deus. Deus é a inteligência ordenadora, causa da ordem do cosmo. Todos os seres diversificados foram criados por Deus, criados a partir do nada. A sabedoria divina dirige todos os seres para o seu fim conforme o plano divino ou providência divina que é conhecida unicamente por Deus. Tudo que existe participa de Deus. Participar de Deus significa o ato de Deus comunicar a sua perfeição aos seres.
Os seres humanos estão na condição de potências, isto é, estão em movimento em direção a perfeição. O ser humano somente pode ser levado de um nível de consciência inferior para um nível superior através do poder divino. Nenhum ser pode mover outro ser, somente Deus que é perfeição pura é capaz de operar a passagem de potência a ato através da comunicação de Sua sabedoria divina aos seres. Os seres são participados sem se tornarem parte da essência divina, é uma participação por semelhança, não por essência, é uma participação imitativa.
A analogia entre os seres e Deus nasce da participação deles na perfeição de Deus. Diante destas colocações entre os seres existem uma hierarquia de perfeição. Existem graus nas perfeições ou graduações na absorção do divino e esta absorção independe do ser e sim do próprio divino. O vínculo dos seres com Deus é íntimo, porque o que Deus comunica às criaturas é a perfeição e quanto mais perfeito é um ser, tanto mais Deus lhe é íntimo. Pela participação no ser divino, nasce entre Deus e os seres um vínculo estreitíssimo em virtude do princípio segundo o qual “tanto maior é o amor quanto mais íntimo ou mais unido ao que ama”.
Deus participa da vida de todos os seres, vive com eles, neles. Deus está tão perto dos seres que a sua presença lhes é mais íntima do que a própria presença delas. O ser humano é um sinolo, isto é, uma união de alma e corpo. A alma e o corpo constituem um todo único. Enquanto persiste a união da alma com o corpo o homem continua a viver; quando a união cessa, morre o corpo e morre também o homem, mas a alma continua a existir. A alma no corpo humano desempenha as seguintes funções: racional, vegetativa e sensitiva.

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