quinta-feira, 17 de junho de 2010

David Hume

David Hume (1711 – 1776). Todos os conteúdos da mente humana outra coisa não são senão percepções, dividindo-se em impressões e idéias. A diferença entre impressões e idéias consiste no grau diverso de força e vivacidade com que as percepções atingem a nossa mente e penetram no pensamento. As percepções que se apresentam com maior força e violência podem ser chamadas de impressões (sensações, paixões e emoções) e as idéias são os pensamentos. Uma conseqüência dessa distinção é a drástica contração da diferença entre sentir e pensar. Sentir consiste em ter percepções mais vivas (sensações), ao passo que pensar consiste em ter percepções mais fracas (idéias). Todas as idéias provêm, mediata ou imediatamente, de suas correspondentes impressões. Nós só temos idéias depois de ter impressões. Cada idéia é cópia de uma impressão e a impressão só pode ser particular e também as idéias são particulares. Cada idéia nada mais seja do que uma imagem individual e particular. Como os objetos nada mais são do que coleções de impressões, analogamente, nós também não somos nada mais do que coleções ou feixes de impressões ou idéias. A existência das coisas fora de nós não é objeto de conhecimento, mas sim de crença e assim analogamente a identidade do eu não é objeto de conhecimento, mas também de crença. A crença se baseia no desenvolvimento dos hábitos na nossa mente. A crença não pode ser eliminada e também não pode ser provada verdadeira por nenhum argumento, dedutivo ou indutivo, tal como na questão da nossa crença na realidade do mundo exterior.

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