quinta-feira, 17 de junho de 2010

George Berkeley

George Berkeley (1685 – 1753). O “eu” (mente, espírito, alma) opera o que é captado pelos sentidos fazendo surgir às idéias, assim sendo, tudo que existe é operado pelo “eu”. Nós não vemos as coisas, aquilo que vemos são idéias e as idéias são as coisas. Nenhum ser humano jamais viu outras coisas além de suas próprias idéias. Nós não captamos as coisas em si mesmas, aquilo que captamos e temos são sempre e somente idéias. Não há nada mais de perceptível além das idéias. Existe algo que elabora idéias, que conhece ou percebe as idéias, exercendo sobre elas diversos atos e esse ser que percebe e age é o “eu”, assim sendo existem apenas “eus”; nos “eus” estão as idéias e as idéias se reduzem as sensações. O que existe é o “eu” com suas idéias. O nosso conhecimento é conhecimento de idéias e não de fatos, portanto, os objetos do nosso conhecimento são as idéias. Os objetos (as coisas) do nosso conhecimento são as idéias que estão em cada “eu” individual. Toda a ordem dos céus e todas as coisas que enchem a terra, em suma, todos aqueles corpos que formam a enorme base do universo não existem sem o “eu”. Enquanto o “eu” não elabora idéias elas não existem em absoluto. O mundo externo à mente é somente ilusão. Toda busca fora do “eu”, fora da consciência é ilusão. A negação da matéria não empobrece a vida, pois os seres humanos nem ao menos perceberão aquilo que é negado. As idéias elaboradas pelo “eu” não depende do “eu”, não são criações da vontade do “eu”. A estabilidade, a ordem, a coerências e uniformidade das idéias em nós é dada por Deus (espírito regente) visando à conservação da vida.

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