terça-feira, 15 de junho de 2010

John Locke

John Locke (1632 – 1704). O ser humano estendendo as suas investigações para além de suas capacidades e deixando seus pensamentos vagarem naquelas profundidades em que não têm mais pé, levanta questões e multiplicam disputas que nunca chegam a uma clara solução, servem somente para conservar e aumentar as suas dúvidas. Salienta que as idéias derivam da experiência e que, por isso, a experiência é o limite intransponível de todo conhecimento possível. Idéia representa qualquer coisa que é objeto do intelecto quando o homem pensa e as idéias derivam somente da experiência. Não existem idéias nem princípios inatos; a experiência constitui a fonte e, ao mesmo tempo, o limite do intelecto humano. Elabora uma severa crítica aos que sustentam a presença na mente de conteúdos anteriores à experiência, nela impressos desde o primeiro momento de sua existência. Não se pode dizer de nenhuma proposição que esteja no espírito quando o espírito nunca a conheceu ou nunca teve consciência dela. Não existem princípios morais inatos, pois, alguns povos se comportam exatamente ao contrário daquilo que tais princípios postulam. Nem da própria idéia de Deus pode-se dizer que todos a possuem, porque há povos que não tem sequer um nome para designar Deus, não possuindo religião ou culto. Qualquer ser humano que tente forjar em seu intelecto uma idéia não recebida de objetos externos encontrará em si a incapacidade de formular a referida idéia. O intelecto, portanto, recebe o material do conhecimento unicamente da experiência. A alma só pensa depois de ter recebido o material da experiência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário