terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Epicurismo

O epicurismo surge na cidade de Atenas por volta do fim do século III a.C. A escola epicurista centra o seu ensinamento na felicidade, mas uma felicidade no plano material através do corpo físico, negando todo tipo de transcendência. Os epicuristas buscam a felicidade no plano natural e negam a paz interior fundada no desligamento do mundo material.

A filosofia epicurista ensina que para atingir a felicidade o ser humano somente precisa de si mesmo. A cidade, as instituições, a nobreza, as riquezas e os deuses não possuem nenhuma relação com a felicidade, pois, para obter a felicidade o ser humano deve saber que todas as pessoas são totalmente independentes.

A igualdade entre os seres humanos está justamente que todos possuem o direito de adquirir a felicidade seja uma pessoa rica ou pobre, intelectual ou não intelectual, livre ou não livre, homens e mulheres. A verdade está naquilo que captamos pelos sentidos e os sentidos são os mensageiros da verdade. A respeito da alma defendem a tese que as almas são mortais e constituídas de átomos. A essência do homem sendo material a sua felicidade também tem que ser material. A felicidade é o prazer e o prazer é ausência de dor no corpo e ausência de perturbação na alma.

Os epicuristas buscam a felicidade do corpo satisfazendo os prazeres naturais e necessários, limitando os prazeres naturais que não são necessários e finalmente não buscando os prazeres não naturais e não necessários. Os prazeres naturais estão estreitamente ligados à conservação da vida do indivíduo. Comer apenas quando se tem fome, beber quando se tem sede, repousar quando se está cansado e assim sucessivamente. Eles procuram excluir o desejo sexual, porque é fonte de perturbação. A riqueza está em ter comida para saciar a fome, a água para eliminar a sede e abrigo para o descanso do corpo. A verdadeira riqueza é a vida e para manter a vida precisamos de muito pouco.

As pessoas que estão envolvidas na vida política esperam poder, fama e riqueza que são prazeres vazios, enganadores e ilusórios. Um dos lemas epicurista é se livrar da vida pública, das ocupações cotidianas e da política. O ser humano para ser feliz deve se afastar da multidão, viver oculto. A felicidade não está nas coroas dos reis e dos poderosos da terra, mas em uma vida simples satisfazendo as necessidades primárias do corpo.

A morte para os epicuristas é a dissolução total da alma e do corpo, a consciência e a sensibilidade cessam totalmente, nada restando depois da morte.

O epicurista era uma pessoa materialista vivendo uma vida simples, afastada da multidão e satisfazendo apenas as necessidades básicas.

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