quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Platão: o mundo da idéia

Marcos Spagnuolo Souza

Platão é um filósofo Grego que nasceu em 427 a. C e morreu em 347 a.C. Salienta que existem coisas eternas e coisas não eternas. As coisas eternas existem para sempre e as coisas não eternas são passageiras. Platão denomina as coisas eternas de “forma”. A forma é um modelo abstrato, a partir dos quais todos os fenômenos são formados. A forma é o mundo espiritual onde tudo existe eternamente e a “forma” possui também o nome de “idéia”. A alma existe no mundo da “forma” ou no mundo da “idéia”. No mundo da “idéia” estão as imagens primordiais, eternas e imutáveis que não são conhecidas através dos sentidos. Contrapondo ao mundo da “forma” existe o mundo da relatividade, das coisas passageiras e mutáveis que é o universo material incluindo o nosso próprio corpo físico. As coisas não eternas são captadas pelos sentidos do corpo humano e desaparecem com o tempo. Tudo que vemos no mundo fenomênico, tudo que podemos tocar pode ser comparado a uma bolha de sabão, pois, nada no mundo dos sentidos é durável. Tudo que está inserido dentro do espaço e do tempo não é eterno. Platão chama de humano a união do corpo material que não é eterno com a alma que é eterna. O corpo está ligado ao mundo dos sentidos, compartilhando do mesmo destino de todas as coisas no mundo. Os sentidos do corpo físico não possuem acesso a mundo da “forma”, os sentidos estão restritos ao universo material. A alma é eterna e possui acesso ao mundo da “forma”, ao mundo eterno. Platão diz que a alma a partir do momento em que envolve com o corpo, com o mundo não-eterno ela esquece completamente de sua estrutura eterna e também se esquece do mundo perfeito que é o mundo da “idéia”. Mesmo que a alma tenha esquecido o seu próprio mundo eterno, no seu âmago, pulsa o desejo de retornar a sua verdadeira morada. A verdadeira atividade da alma é libertar-se do cárcere do corpo. Muitas almas não querem voltar para sua morada eterna porque estão apegadas ao mundo dos sentidos, não mais sentem o impulso de sua verdadeira essência. O mundo material é o mundo da sombra, da obscuridade e muitas almas preferem viver no mundo da sombra a viver no mundo verdadeiro que é o mundo da “idéia”. Almas aprisionadas no universo material acreditam que a sombra é tudo o que existe, e por isso não as vêem na sombra. O mundo material é o teatro das sombras. A liberdade somente existe quando a alma transcende o mundo da obscuridade e penetra no mundo da “idéia”.

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