domingo, 22 de fevereiro de 2009

Estóicos

No fim do século IV a.C. surge em Atenas à escola dos estóicos. Os estóicos defendem dois princípios na natureza: o corpo e a forma. O corpo é a matéria, substância sem qualidade, princípio passivo. A forma é a razão divina, o Logos, Deus, o princípio ativo. O Logos é eterno, criador de todas as coisas no processo da matéria. O princípio ativo é Deus, sendo inseparável da matéria. Deus está em tudo e Deus é tudo. Deus coincide com o cosmos. O universo inteiro é como um único grande organismo, no qual o todo e as partes se harmonizam. Todas as coisas estão em correspondência uma com a outra e em correspondência com o todo. Tudo que existe é produzido pelo divino imanente, que é o Logos, inteligência e razão, tudo é rigorosa e profundamente racional. Tudo é perfeito e a própria matéria é o veículo de Deus, tudo possui um significado preciso, tudo é perfeito no esboço do todo. Tudo depende do Logos imanente, tudo é necessário.

O Logos também possui um corpo porque o que não tem corpo não pode agir sendo constituído de uma matéria especial, sutilíssima que pode penetrar em qualquer coisa existente. O Logos irradia a sua força sobre a matéria na forma de sementes ou germes dando origem aos indivíduos, portanto o homem é constituído de corpo e alma, a qual é um fragmento do Logos ou da Alma Cósmica. As vibrações que chegam aos sentidos do corpo físico dependem dos próprios objetos. Quando estas vibrações chegam aos sentidos à alma pode aceitar ou negar estas vibrações. Quando as vibrações são negadas elas são nulificadas para a pessoa, pois não são captadas pelos sentidos. As vibrações aceitas são denominadas de cataléticas e estas formam representações que são o nosso único critério de verdade e elaboram a realidade que estamos inseridos. Quem toma a posição de receber ou recusar as vibrações é o logos que está no interior do corpo como alma.

Na ação que o Logos exerce sobre a matéria tem por finalidade a perfeição do cosmo sendo conseguida lentamente através de um processo de evolução. O Logos leva o mundo a um grau de perfeição cada vez maior.

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